ROSA NEGRA

ROSA NEGRA

Deixaste-nos a dor e de rosa negra na mão,

A partida repentina é, sem dúvida a maior dor,

Deixaste-nos com pendências de tua decisão,

Não poder salvar-te nem mesmo se fosse um Doutor.

Que vida...que morte, qual a diferença?

Tua angústia foi sentida no romper da hora,

O Pânico de morrer dormindo, dorme agora,

O inimigo invisível venceu tua falta de crença.

Tua carne jaz na cova visitada outrora,

Teu desejo: está com vossa mãe no paraíso,

Teus dias enfadonhos venceu o teu riso,

Teu sangue pálido levou tua alma embora.

Malditos invisíveis, fecham janelas, geram escuridão

Corroem as lágrimas e no silêncio... “Trabalham”,

Percorrem veias inocentes e a morte espalham,

Malditos vírus geram pânico, destroem coração.

Malditos vírus que nos fizeram carregar teu caixão.

Adécio de sousa 29/05/2020

Adécio de Sousa
Enviado por Adécio de Sousa em 12/06/2020
Código do texto: T6975680
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.