ROSA NEGRA
ROSA NEGRA
Deixaste-nos a dor e de rosa negra na mão,
A partida repentina é, sem dúvida a maior dor,
Deixaste-nos com pendências de tua decisão,
Não poder salvar-te nem mesmo se fosse um Doutor.
Que vida...que morte, qual a diferença?
Tua angústia foi sentida no romper da hora,
O Pânico de morrer dormindo, dorme agora,
O inimigo invisível venceu tua falta de crença.
Tua carne jaz na cova visitada outrora,
Teu desejo: está com vossa mãe no paraíso,
Teus dias enfadonhos venceu o teu riso,
Teu sangue pálido levou tua alma embora.
Malditos invisíveis, fecham janelas, geram escuridão
Corroem as lágrimas e no silêncio... “Trabalham”,
Percorrem veias inocentes e a morte espalham,
Malditos vírus geram pânico, destroem coração.
Malditos vírus que nos fizeram carregar teu caixão.
Adécio de sousa 29/05/2020