Buarquezando

Ainda muito novo, na FLOR DA IDADE,
pelos caminhos da VIDA,

deparei-me com um tal
CHICO BUARQUE DE HOLANDA.
Escutava, eu, sem devaneios,
sem enleios, SEM FANTASIA,
numa manhã ensolarada, num certo dia,
uma doce e linda melodia:
A BANDA.
Algo no ponto certo, SOB MEDIDA.
Assim me fiz conhecedor
da sua obra e, também, um admirador.
Encantado com aquela CONSTRUÇÃO poética,
com a destreza na dialética,
peguei um CÁLICE de vinho
e me pus a comemorar.
EU, JOÃO E MARIA,
ouvindo aquela primazia.
Na verdade, não sabíamos
qual era A MAIS BONITA:
BÁRBARA, LÍGIA, BEATRIZ...
Todas me deixavam feliz.
A ROSA, ANGÉLICA, A RITA...
Na manhã seguinte, sem pudor,
cantei a CANTIGA DE ACORDAR,
falando de vida, FALANDO DE AMOR.
E no findar do dia,
acompanhado de TEREZINHA,
sigo Buarquezando, é o que me resta,
depois dessa FESTA IMODESTA,
curtindo uma VALSINHA,
me entrego a sua poesia.

 
Sérgio Murilo
Enviado por Sérgio Murilo em 13/07/2020
Reeditado em 13/07/2020
Código do texto: T7004658
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