VIAGEM PARA FORTALEZA PARTE 3 – PENSE NUM CAFÉ CARO.

Finalmente depois de mais de nove horas o avião chegou e vamos viajar. Os passageiros que chegaram ainda estão desembarcando, talvez ainda demore uns vinte minutos, seu Valdemar então resolveu tomar um cafezinho na Casa do pão de queijo, aquela franquia que se encontra dentro da sala de embarque. Ele pediu e a moça já está trazendo, café quentinho naquela xicara personalizada com a logomarca que destaca aquela senhorinha de cabelos curtos, com um sorriso cativante que me faz lembrar minha tia, segurando uma tigela ou seria um prato fundo onde se deduz que seria a massa para fazer os pães ou uma canja ou sopa.

Com o café também vem como opção alguns pequenos saquinhos tipo saches com açúcar.

Me sento à mesa com o pai e digo:

- O senhor tem muita coragem.

E ele me pergunta porque, eu então lhe respondo:

- Essa xicara de café que o senhor está tomando, não custa menos que cinco reais.

E ainda brinco com ele dizendo que não precisava se preocupar porque o açúcar o senhor não vai pagar, pois é por conta da casa.

Ele olhou para mim e disse:

- Você tá ficando loco, um cafezinho desses não custa mais que dois ou dois e cinquenta.

Ao terminar de tomar o café, chama a moça que lhe atendeu e pergunta quanto deve pagar, e ela lhe diz:

- Só foi o cafezinho mesmo? Então é somente cinco reais e cinquenta centavos.

Ele estranha o valor e diz:

- Não moça eu sei que esta xicara é muito bonita, mas não quero comprar ela.

A moça mais do que depressa, lhe diz:

- Não senhor a xicara nós não vendemos. Esse é o preço só do cafezinho.

Ele paga e sai resmungando baixinho, e eu pra não perder a oportunidade, e para tirar um sarrinho com ele, lhe digo:

- Ainda bem que é café, porque se fosse gasolina o senhor não ia conseguir tomar toda, porque daria para comprar quase dois litros e meio, mas também nem sei se o senhor gosta de tomar gasolina. (Na época a gasolina custava na média R$2,20)