VIAGEM PARA FORTALEZA PARTE 4 – LANCHE INDIGESTO
Depois do atraso e aguardando o voo em uma sala de espera, finalmente estamos à quase meia hora voando em direção a Belém do Pará onde o avião faria uma escala. Os comissários começaram a servir o lanche, aquelas barrinhas de cereais com um pacotinho de biscoito pequeno com três unidades tipo clube social e que não resistia a duas mordidas moderadas, acompanha também refrigerante ou suco de caju.
Quando chegou a vez de seu Valdemar o comissário lhe disse:
- O senhor aceita barrinha de cereais, temos chocolate, castanha de caju ou castanha do Pará, temos também biscoito e para beber guaraná ou suco de caju.
Seu Valdemar olhou para o comissário depois de ver aquele lanche tão sem graça lhe falou:
- Rapaz, eu tô desde uma da manhã, sem dormir naquele aeroporto esperando o avião de vocês, já são mais de dez horas, não comi nada, e vocês vem me oferecer isso ai.
O comissário quis rir, e o pai encerrou passando o cardápio que gostaria de comer:
- Eu quero é um prato de feijão com bastante toicinho ou jabá, com arroz e uns dois bifes grande, não é precisa trazer salada não.
Foi aí que o comissário não aguentou, não só ele como todos os passageiros que estavam nas poltronas vizinhas a nossa caíram na gaitada.
Como estávamos viajando naqueles voos da gol em que as poltronas estão posicionadas quase que umas em cima das outras, as passagens eram bem mais baratas, o comissário então passou a explicar para seu Valdemar o motivo de ser tudo tão regrado:
- Senhor, nossas passagens são bem mais baratas que as das outras companhias, justamente para que; quando o senhor desembarcar no seu destino, possa pegar um taxi e almoçar em uma churrascaria com a diferença de valor.
Seu Valdemar fingiu que aceitou as explicações e pediu água, também aceitou as barrinhas de cereais e me repassou dizendo:
- Parece que dentro desses pacotes tem é isopor.