À Mamãe

Minhas primeiras poesias se mostraram 'fraquinhas', sem coerência e consistência;

ainda que, feitas com carinho, eram infantis.

Pensei não levar jeito nos meus modos de versar, não escrevendo direito; mas, como um pássaro, me pus a voar baixinho visando alturas; a construir melhor escrita, a corrigir os meus defeitos.

Reconheço meus tropeços, em algumas palavras que eu disse; e achei não haver sentido em algumas que escrevi, ainda que vindo d’alma, às duras lavras.

Parecia ser, meus rabiscos de poeta, 'um retrocesso'. Segui adiante...

Nas sucessivas aventuras na poesia, falei de amor a dois, um tema já tão explorado, em que os namorados nem viviam mais essa afetividade no ardor de outrora; agora, a onda é 'ficar'.

Na continuidade da minha escrita, me fiz mais contundente, mas, ainda em voos de pirilampos, na penumbra da noite, ao sabor dos ventos; longe do planar das grandes aves, em céu pujante.

Até que escrevi "Lá Vem Mamãe" uma prosa de valor, e a que mais amei; e como um troféu guardei em valioso tesouro. Ao tecê-la, desprendi de muita ternura e esmero, que após pronta, não vi outra igual.

A referida relíquia (La Vem Mamãe) vive exposta perenemente, no nobre salão da minha alma, como uma terna fonte inspiradora dos meus dizeres seguintes.

Nemilson vieira de Morais

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 21/01/2025
Reeditado em 26/01/2025
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