a manoel de barros


“tudo que não invento é falso”

de cor laranja
a fita cetim
que enlaça
o livro das palavras
de “memórias
inventadas”

e, é “dentro do olho”
que elas *manuelam*
significâncias de
rios, árvores
e infâncias

de Barros
“é sempre
uma descoberta”
no ofício à
escrita

motivo que te
escrevo, Manoel:
num abandono, completo,
“como um lápis
numa península”

"manoel de barros"
 márcia eduarda


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