MAJESTADE.

Derrepente um mato em movimento,

Lá no milharal.

Analiso a cena.

A espiga de milho ainda verde

Em movimento.

Qual?

Sem vento?

Chego mais perto

Com a foice na mão.

Mais um pouco e...

Lá vejo majestaticamente

Um camundongo

Sentado na espiga de milho,

Bem no alto do pé,

Segurando a espiga na mão

Em solitário banquete.

A foice, o camundongo e eu.

Me comovi, baixei a foice.

Respeitosamente retirei-me

E deixei sua majestade o camundongo

Em seu palacete

A comer em paz.

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 26/01/2006
Reeditado em 26/01/2006
Código do texto: T104043