Faxina.

FAXINA.

Pretinha, sardenta

Além de simpática e prática

Minha menina faxineira

É rápida no aspirador.

Põe a funcionar sem dor

Seu ronco vibrador

E aspira toda a poeira

Pó, areia,pedacinhos de papel

Juntos com meus poemas

Agora transformados em desprêzo de pó...

que poda sem dó,

e que derrota com ódio,

o ócio do silencio criativo.

Odeio esta elétrica ,

bélica máquina barulhenta!

Geringonça de enrolado rabo roncante ,

a sugar meu cérebro ,

a pertubar meus neurônios,

aspirando meus suados versos ,

e os desprezando,

transforma os em pó!

Suzana Heemann

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 19/07/2008
Reeditado em 04/02/2011
Código do texto: T1087348
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