caso de caserna-A CONTINÊNCIA AO MINISTO DA GUERRA

O serviço no antigo Ministério da Guerra, hoje Quartel General do Comando Militar do Leste e de outras organizações militares, merecia atenção redobrada dos comandantes da guarda , e mais particularmente, por serem oficiais e não sargentos como nos corpos de tropa. A entrada do ministro era com todo o protocolo regulamentar a que tinha direito a mais alta autoridade do Exército. Um tenente novo é escalado para comandante da guarda. Depois de receber mil e uma recomendações foi inteirar-se das normas escritas. Estudou, decorou e sentiu-se pronto. Um ponto crucial era a continência regulamentar da guarda ao Sr Ministro, pois este era exigente e não admitia o mínimo deslize. “Atenção a guarda: em continência ao Sr Ministro de Estado dos Negócios da Guerra e Estrangeiros, Apresentaaar Aaarmas! Olhar a direitaaa!”.

A marcialidade do comando a ser dado, a empostação e altura da voz, tinham de ser impecáveis.

O nosso tenente sentia-se em condições de encarar aquele desafio. Afinal era rotina, diziam os mais antigos.

No dia, bastou encarar o quatro estrelas e emocionar-se.

“Atenção a guarda: Sentido- Ombrooo armas” comandou entusiasmado, mas esqueceu o resto e mandou de primeira:

“Em continência aos negócios do ministro .....”.

Bom, apartir daí é previsível o que lhe aconteceu.