Cotidiano 
 
 
Neste mundo tudo e tão louco
Que eu vivo a me perguntar
Até quando vamos continuar
Vivendo que nem maluco
Levantando de madrugada
Com a cara mal barbeada
Parecendo um velho caduco
 
No ponto do ônibus eu fico
Esperando um coletivo passar
Da até vontade de chorar
Ele se atrasa eu me complico
Ainda tomo bronca do patrão
Que vive me chamando atenção
Dizendo que eu devia ser rico
 
Só que eu nasci pra ser pobre
E trabalhar no transporte coletivo
Todo dia eu tomo um corretivo
De algum passageiro esnobe
Que reclama do ônibus cheio
Indignado me chama de feio
Por mais que eu me desdobre
 
Eu não consigo satisfazer
O usuário do nosso dia-a-dia
Até os que andam de cortesia
São os ossos mais duros de roer
Amanhã quando eu me aposentar
Na minha casa eu quero ficar
E o transporte coletivo esquecer!
 
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E isso mesmo o que eu faço
no meu dia-a-dia, não sei se eu
vou me acostumar longe deste mundo
maluco, que é o transporte coletivo,
 
 
Balneário dos Prazeres: 12 / 02 / 2010

 
Volnei Rijo Braga
Enviado por Volnei Rijo Braga em 12/02/2010
Código do texto: T2084079
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