PARAISO DOS CORNOS

Escreveu não leu tô comentando as peripécias do meu querido Cafundó. Mas esta eu garanto, não sucedeu naquele rincão. Mané Galhadas que, no jogo da sorte sempre deu azar e no jogo do amor sempre levou chifre, ouviu uns colóquios no palácio da fofocagem ‘salão de beleza’. A cabeleireira usando a tesoura comentava: - Minha comadre! Li na coluna social um fato adverso a vida ‘d’um’ marido manso, né que um galhudo assumido foi indenizado com uma grana preta pelo ‘ricardão’, sobrou até para a patroa desleal que foi penalizada a ressarcir o corninho pelo... Mané Galhadas, chifrado desde noivo não pensou duas vezes, terminada a fofoca, levantou-se e perguntou à fofoqueira: - Moça! Adonde aconteceu esta maravilha? Diga-me! Hoje mesmo mudarei para este paraíso, esqueço a honra, quero fazer meu bolso feliz.