Asteróide

Eu sou de outra galáxia

Ou de um asteróide qualquer

Não sei porque ou qual razão

Mandaram-me para este planeta

Talvez para espiar minhas culpas

Ou ser o bode expiatório

De algum mafioso qualquer

Que precisa de um testa de ferro

Para chefiar seus pistoleiros

Ou vender drogas nas ruas

E viciar nossas criancinhas

Ou fazer acerto de contas

Entre as quadrilhas existentes

Brincar de mocinho e bandido

Roubar bancos, ou assaltar velhinhas.

Tirar-lhes o pouco que recebem

E brincar com a desgraça alheia

Roubar a esmola da igreja

Só pra ouvir o padre furioso.

Excomungar-me, e me chamar de pecador.

E perguntar o que faço aqui

O que responder se nem eu sei

Pois não sou deste planeta

Apenas sei que me mandaram pra cá.

Volnei R.Braga