“COMPANHEIRA DE ESTIMAÇÃO”
  (Paulo Peixoto – Cabedelo - PB)


Eu criava uma galinha
com muita dedicação
dava resto de comida
milho e até ração.

Ela estava tão bela e linda          
gordinha que só um mamão
eu admirava tanto
a minha galinha de estimação.

Todos os dias ao amanhecer
nos primeiros brilhos do sol
ela cantava para mim
como se fosse um canto de um rouxinol.

Ao anoitecer, no gotejar das estrelas,
subia em seu poleiro, ficava quietinha em silêncio,
esperando o dia clarear
para novas canções cantar.

Entre familiares e amigos
em um dia de reunião
surgiam versos, prosas, poesias
e até bela canção.

No meio de uma farrinha
quando todos comiam e bebiam
apresentei em uma linda bandeja de prata
recheada a caráter, uma saborosa galinha.

Todos se deliciavam e sentiam
o sabor que a bichinha tinha.
Não sabiam que estavam comendo
a coitadinha da minha galinha.

Com muita tristeza afirmei
na hora da refeição
que esta galinha foi atropelada e morta,
atropelada pelo meu facão.

Todos olharam para mim
com muita tristeza no coração, quando eu gritei:
“Para o bem de todos,
e felicidade geral da Instituição",
a galinha que morreu,
não foi a minha galinha de estimação.