Cap-5: A PROCURA DE SCOTT

Capítulo 5:

A procura de Scott.

Diário do capitão, Suplemento:

Ainda não tenho certeza de qual é o plano do embaixador Spock. Estivemos na Terra, onde entramos nos arquivos Top Secret da Federação onde o Embaixador achou um dossiê Classified chamado Temporal Cold War, com uma foto do falecido Jonathan Archer e outra da Enterprise NX 01. Também tinha umas fotos das naves Suliban e outras informações preciosas, que abaixamos para nosso sistema.

O Embaixador nos encomendou encontrar o capitão Montgomery Scott, que ainda vivia em Pollux V, um pequeno mundinho periférico nos confins da Federação. Nesse meio tempo, Picard, agora num posto burocrático, se encarregaria de tirar do museu a Enterprise 1701 A e equipá-la com tecnologia moderna, a ser atendida por Scott, que tinha sobrevivido num feixe de teleporte na superfície de uma Esfera de Dyson, lá nos quintos dos infernos. Depois, partiria com Ryker na Enterprise E para Veridian 3. Não sei o que pretendia por lá.

Scott morava numa cabana de troncos na beira de um lago cheio de peixes, e tinha um pequeno barco atracado na beira de um cais de madeira.

Parecia mentira que este homem que estava pescando com um caniço e uma garrafa de Scotch do lado tivesse mais de cento e setenta anos.

Palhares materializou-se a poucos metros do lago e caminhou até o pescador.

–Capitão Scott, eu presumo?

–Sem dúvida. Não mora mais ninguém neste planeta.

–Sou o capitão José S. Palhares da USS São Paulo.

–Prazer.

–O Senhor tem um local bem aconchegante por aqui, capitão Scott.

–Obrigado.

–Ainda que um pouco solitário – disse Palhares, e acrescentou:

–O que são aquelas ruínas encima da colina?

–Aí havia uma espécie de templo, há mais de cem anos.

–E o que aconteceu?

–A Enterprise o destruiu com uma rajada de phaser.

–Ah!... Adorarei ouvir essa história, quando o senhor quiser contar.

–Mas você não veio aqui para me ouvir contar histórias.

–Não.

–Quer um gole? – disse Scott oferecendo a garrafa.

–Estou de serviço, capitão Scott – disse Palhares lambendo os beiços mentalmente – mas a bordo da São Paulo poderemos beber. Inclusive tenho uma cachaça de verdade do nordeste brasileiro que acredito o senhor vai apreciar.

–A bordo? – Scott ficou sério de repente – Acho que o senhor não veio aqui para me ouvir contar histórias nem para falar de bebidas.

–Não. Infelizmente vim aqui para interromper sua aposentadoria.

–Macacos andorianos me lambam!

–O Senhor é requerido com urgência na Terra.

–Macacos rigelianos me mordam! Para que?

–Para assumir a engenharia da Enterprise A.

–Macacos denebianos me arranhem! Aquela velharia ainda existe?

–Existe. Estava até pouco tempo atrás no Museu da Federação. Foi retirada de lá e levada para o estaleiro por ordem do Embaixador Spock.

–Spock ainda vive?

–Sim. Recentemente o resgatamos de Rómulus.

–Sempre encrencado. Saudade daqueles tempos. E o Picard?

–É almirante, agora. Um burocrata.

–Quer dizer que caiu da cadeira. Pena. Esse homem sabe beber um bom trago.

–Ele está dirigindo a preparação da nave que o senhor irá comandar.

–A Enterprise A?

–Sim.

–O que está acontecendo?

–Nada de mais, apenas uma ameaça contra a Federação, a galáxia e o universo.

–É claro. Mais uma ameaçazinha.

–Nada que nós não possamos solucionar.

–Macacos veganos me cuspam! De volta à ativa.

–Sim, capitão. A salvar o universo de novo.

–Não posso salvar o universo sem a minha escova de dente e minha garrafa.

–Certo. Pegue suas coisas. Só não leve os macacos.

Scott entrou na cabana, e dez minutos depois apareceu com uma pequena mala.

–Estou pronto, capitão Palhares.

–Palhares para São Paulo.

–São Paulo, tenente Aurélio. Senhor?

–Dois para subir.

Uma hora depois estavam em dobra 8,8, em direção ao setor 001. Spock já estava a bordo da Enterprise comunicando-se com a Almirante Janeway, que disse:

–Boa sorte.

–E o que fazemos agora, Embaixador? – Palhares perguntou.

–Vocês escoltarão a Enterprise até o Nexus, que agora está perto de Tarazed.

–O senhor é que manda.

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Diário do capitão, Suplemento II:

Por primeira vez vimos o Nexus, aquela fenda espaço temporal arrepiante.

A Enterprise ordenou que nos mantivéssemos a uma distância de mil kms. De lá com os sensores, vimos a nave emitindo um raio de plasma pelo coletor dianteiro em direção ao Nexus e a pequena figura de Spock em armadura espacial entrando nele.

Cheguei a conclusão de que ele estava mesmo louco.

–Computador, apague a última frase.

Menos de uma hora depois, a Enterprise fazia meia volta e partia em dobra 8. Palhares seguiu atrás ainda perguntando-se porque Spock fora abandonado dentro daquele horror.

–A Enterprise no canal de saudação, capitão.

–Na tela, Raimunda Maria.

–Capitão Palhares, sua ajuda foi inapreciável.

–Obrigado, mas o que eu fiz?... Spock! O senhor está na Enterprise? Como voltou?

–Para o Nexus nada é impossível. Já estou com o capitão Kirk a bordo.

–Spock, você não esta sendo lógico!

–Nunca fui tão lógico como sou neste momento. Explicações depois.

–Certo Embaixador. São Paulo desliga.

–Sarracenek!

–Senhor?

–O que eu faço com esse vulcano?

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Continua em: Capítulo 6: UM GOSTO DE ARMAGEDOM

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Int-2-Cap-5: A PROCURA DE SCOTT è um épico humorístico baseado em STAR TREK ® – de Gene Roddenberry; idealizado por Carlos Cardoso, e escrito por Martin Juan Sarracena.

Recopilado e editado por Gabriel Solis.

STAR TREK ® – Criado por Gene Roddenberry.

Gabriel Solís e Martin Juan Sarracena
Enviado por Gabriel Solís em 25/07/2017
Código do texto: T6064687
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