De fazer dó
 
Joãozinho é um sujeito, que apesar do esforço para manter sua sanidade, parece que o tempo está tirando aquilo que ele tem de mais precioso, sua consciência.
Apesar desses lapsos, ele é uma pessoa que preocupa muito com suas obrigações, mantendo dessa forma sua dignidade. Num belo dia preocupado com algumas pendências, lá vai o Joãozinho, fecha a sua casa, entra no seu fuscão Preto e parte em direção ao centro da cidade para resolver seus negócios. Para no mercadinho acerta tudo, vai ao banco paga uma duplicata, foi também numa lan house, quando vinha embora, lembrou que na sua casa não tinha água, aproveitou passou no depósito e pegou dois galões com água, não tendo mais a resolver, partiu rumo à sua casa.
Chegando na sua residência, ao querer pegar a chave para abrir a porta, notou que o seu bolso esquerdo estava furado, enfia a mão no bolso direito e nada, começa-se se então uma caça, àquela bendita chave. Desesperado, não tendo como entrar na casa, o bom sujeito exaspera, xinga alguns palavrões, convicto de que realmente tinha perdido a chave, resolveu fazer uma busca minuciosa por todos os locais que tinha passado. Lá foi Joãozinho de volta, passou no mercado e nada, foi no banco muito menos, foi na lan house  e a resposta também foi negativa. Agora sua esperança estava no depósito de água e gás, Joãozinho fez uma poderosa oração na expectativa que aquela chave estivesse lá, infelizmente quando chegou, também nada encontrou. O jeito foi passar no chaveiro, mas o mesmo estava ocupado e só podia ir na casa às duas horas da tarde, o jovem olha no relógio e era apenas meio dia ainda, desanimado e não tendo mais o que fazer, voltou para sua casa.
Agora mais calmo e conformado, deitou na rede enquanto esperava o chaveiro, foi quando lembrou que sua bermuda tinha bolsos traseiros, e para sua surpresa, lá estava quietinha a chave da casa. Joãozinho deu um Glória a Deus e foi correndo abrir a casa, rs. Infelizmente sua lerdeza é de fazer dó.

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 06/11/2018
Reeditado em 06/11/2018
Código do texto: T6495635
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