O FIO DA ESPADA DOURADA.
Dois grandes amigos como de costumes conversavam em um banco de um bar.
- Meu caro amigo José, eu estou sabendo de que você é um homem muito corajoso, quero lhe fazer uma aposta.
- Verdade!!!... sou realmente um homem corajoso, isso você falou verdade, mas por favor diga lá qual é sua aposta.
Desta vez José tinha certeza ele desistiria desta proposta e assim foi relatando as  de que se trataria esta aposta.
- Então veja lá como se mede a coragem de uma pessoa, desta vez eu aposto quinhentos reais que você não tem coragem de dormir na pedra que velam os defuntos no necrotério, se você tiver coragem de dormir lá, assim imitando um defunto, você ganha estes 500,00 R$, mas caso você desistir você terá que pagar a mim estes quinhentos reais.  Feito companheiro José?... Combinado?
- Combinado!!!... Feito!  Passarei a noite toda deitado na pedra do necrotério e você me encontrará logo de manhã  na porta do necrotério para me pagar.  Combinado!
Naquela noite conforme o combinado, José foi cumprir a aposta, a partir das 22hs00 fez conforme o combinado foi e deitou-se nesta mesa de granito feita para funeral a fim de ganhar esta aposta de 500,00 R$.
O prefeito daquela cidadezinha, seguindo suas tradições de povo Oriental, como peça ornamental exibia em seu gabinete, exposta sobre seu armário de arquivo, uma espada de puro ouro, como um troféu, uma joia que estava a vista de todos, era realmente uma beleza de espada cravejada de pedras preciosas.
Nesta cidade pequena tudo estabelecimento público fica perto um do outro, a praça fica perto da cadeia (presídio), da Igreja, correio perto da delegacia e o necrotério, prefeitura, o hospital tudo junto ali bem perto.
Nesta mesma noite de apostas, também acontecia outo caso intrigante, dois ladrões entraram na prefeitura e roubaram esta espada de ouro de propriedade do prefeito. A polícia foi acionada e aí começou a perseguição, os ladrões correram pelos fundos enquanto a polícia tentava capturar este delinquentes que sem outra alternativa foi esconder dentro do necrotério, justo onde o José em aposta dormia na pedra feita para velar defuntos.
Os ladrões permaneciam muito quietos em silêncio pensando em uma forma de se livrar deste objeto de roubo; a espada, enquanto os policiais rodeava este local onde estes ladrões se esconderam; Necrotério, Zé permanecia deitado coberto por um lençol querendo se passar por defunto,  imóvel sem saber o que estava acontecendo.
Quando os policiais fecharam o cerco, eles sem alternativa, como faria para dispensar a espada a qual eles roubaram... logo um destes meliantes teve uma ideia brilhante e disse entre eles:
- Já sei como fazer dispensar a espada dourada, eu já sei . Disse o ladrão “A”
Ladrão “B” – Diga logo, não temos tempo a perder, diz logo, diz logo oras!!!
Ladrão “A” – É assim, nós enfiamos esta espada no fiofó deste defunto e logo depois do enterro a retiraremos lá na cova no cemitério, e assim estaremos livres deste fragrante.
 José ao ouvir isto entrou em pânico, saltou de cima da pedra de velar defuntos, aterrorizado em iniciou uma correria dando por perdida a aposta, enquanto os ladrões foram capturados e presos.
Sempre a um dia de azar para estes que se dizem corajosos, não se esquecem de que a espada tem dois gumes além de pontiaguda, sangra, corta, fura e fatia.
Anther’port. (Reeditado) – 24-02-19
 

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 24/02/2019
Reeditado em 14/05/2023
Código do texto: T6583199
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