PAPO DE CAIPIRA...

Bem, e se está na época das festas caipiras Brasil adentro, em suas cidades e estados, e até que são bem divertidas, claro, com cada estado usufruindo de sua origem linguística falada...

Nesse exato instante desse nosso escrito, queremos registrar a falácia, o falatório, o palavrório e o fala-fala de dois sujeitos tradicionais caipiras, que entre um gole e outro de quentão e umas pipocas e outros quitutes, eles, assim conversavam...

- Cumpadre Joca, sabe o que me aconteceu na semana passada?

- Sei não, cumpadre luiz, conta aí pra gente, sô...

- Cumpadre Joca, o sinhô bem sabe de que euzinho aqui sô azarado demais da conta pra arranjá namorada, pois é, né, e, sabe que as muié se desvia de mim quando vô dá de encontro com elas, tá danado, sô, assim não dá, né, mas, de repente, assim, de repentinho, num é que as danada começaro a puxá papo com eu, é, cumpadre, e foi um, oi, cumpadre Luiz, o sinhô tá bão? E eu respondia, tudo bão, cumadre, mió que isso estraga, e foi assim continuadinho por uma semana mais ou menos, mas, cumpadre Joca, o meu prazer de momento com a muierada acabô assim, de repentinho e de repente, quando resorvi tomá banho, num é que percebi que tinha vestido a minha cueca pelo avesso?

- Que nada, cumpadre Luiz, se tava dando certo por esse ocorrido, mió é o sinhô continuá a usá a cueca pelo avesso, sô, e o que tem isso de errado?

- Ah, tem sim, de errado, cumpadre Joca, é o caso de a cueca tá no avesso, mas, se me dá sorte com a muierada, por que não continuá usando a cueca no avesso? vô é dexá como tá memo, pois o que tá bão, bão tem que continuá, né cumpadre, EH, EH, EH...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 12/07/2019
Código do texto: T6694143
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