A preciosidade do papel higiênico

Aquela unidade da polícia militar já tinha desvendado muitos casos difíceis. Seu serviço de inteligência e sua polícia científica possuía bastante experiência na solução dos mais diversos crimes. Todavia jamais contava ter que lidar com um desses casos debaixo do próprio nariz: o sumiço de rolo de papel higiênico do sanitário dos homens do laboratório hospitalar daquela polícia militar. O problema maior, dentre outros fatores, era que ali alguns clientes coletavam seus resíduos fecais para exame. Imagine, o amigo leitor, a situação da pessoa que, só depois de evacuar seus excrementos fecais, iria verificar não haver o preciosíssimo papel no devido lugar, colocado pelo serviço de limpeza. Acontece que alguém estava simplesmente surrupiando (ou sabotando) o dito papel. Mas como saber?

Colocar uma câmera: nem pensar.

Revistar pessoas, na saída do sanitário: idem.

Deixar uma pessoa de plantão na portaria e com um rolo de papel na mão: ibidem.

Através de muito idem, ibidem e debates acalorados, o negócio foi subindo os graus hierárquicos até chegar ao Alto Comando... Sem a devida solução, é claro. Ante a preciosidade do papel higiênico.

Edmilson N Soares
Enviado por Edmilson N Soares em 07/09/2019
Código do texto: T6739376
Classificação de conteúdo: seguro