Peru ou Chester?

Sabe aquele dia que todo mundo escolhe para fazer compras no mercado para a ceia?

Pois é. Estava eu no meio do Atacadão nesse dia.

Fui cedo, logo as 8 horas, pois é mais vazio. Tadinho de mim: centenas de pessoas tiveram a mesma ideia.

A disputa era feroz.

O povo parecia que estava vivendo em uma pandemia pré-apocalipse.

Fui comprando a lista a pedido da minha mãe e da esposa.

Fiquei em dúvida entre Peru e Chester.

O preço era praticamente o mesmo.

Estava eu ali, entre as fileiras congeladas pensando:

- O que o povo vai gostar mais?

O Chester é mais leve, porém, fruto de evolução tecnológica criado a laboratório. O Peru parece ser mais natural, mas carnívoros nunca são naturalistas.

Pensei, então, que Peru é praticamente uma vez ao ano, é uma ave tradicional e o Chester é um intruso na festa. É como aquele cara de pau que chega sem ser convidado e tenta se enturmar.

Comprei o Peru e levei para minha mãe assar:

- Mas você não preferia o Chester? - Perguntou ela.

- Preferia, mas é época de Peru!

E assim o peru venceu.