caso de caserna 1- O garçom e a francesa

A vinda de um general em qualquer Unidade de tropa é sempre um motivo de alegria . Mas também de preocupação. Principalmente quando vem acompanhado da esposa. Este problema do comandante seria resolvido com a designação de um soldado para servi-la. A preocupação aumentou quando, imediatamente ao chegar ao quartel, o insigne chefe militar interpelou rispidamente o comandante perguntando-lhe quem era o militar sem cobertura no pátio que ele havia visto do avião , quando este sobrevoava a Unidade para aterrissar - a área de pouso do aeroporto fica próxima do portão de entrada do Quartel.

Como o serviço seria à francesa, o militar designado procurou saber como se portaria.

Durante o almoço, foi notado que a esposa do general não era servida. Imediatamente o S/4 tomou providências. O soldado foi substituído, mas a senhora continuou não sendo atendida. Notou-se que os soldados se aproximavam dela, falavam algo, mas não a serviam. A situação chegou a um ponto que o próprio S/4 interveio e finalmente a senhora foi devidamente provida.

Ao término da atividade, o S/4 chamou os implicados, no caso o soldado designado e o que o substituiu, para tomar-lhes satisfações por tamanha descortesia com a esposa do comandante da Brigada.

Os soldados foram se explicando:

“ Pois é, major, eu não falo francês. E embora tivesse aprendido algumas palavras , ontem no alojamento da companhia ,como Sutiâ, Abajur, Uí, Petipuá e outras, e além disso perguntava , é claro em francês, se a madame francesa queria algo, ela não respondia nada......”

Servir “ à francesa ” não é servir a francesa. E que a esposa do general não era francesa, como depois entenderam os soldados rancheiros.