Breu

A magia dos sonhos, há tempos esvaiu-se, somente névoas.

A realidade cruenta é, tampouco, pesadelos persistentes.

Alegria é uma quimera, consome-se em chamas, sem tréguas.

Quiçá, novamente, em algum tempo, visite-me a vida!

Retroceda o Cronos, trazendo-me a vivacidade de outrora,

Atroz existência, mergulhada no breu, amargurada, sofrida!

Bastar-me-ia um clarão, ofuscando a dor. Mudaria toda história!

Saltitante estaria, se tudo fosse tão somente, registro de memória!

Nice Macedo
Enviado por Nice Macedo em 06/11/2017
Reeditado em 02/03/2019
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