A NOSSA RUA

Quero recordar como era a nossa rua,

Onde a noite reuniamos para brincar e observar a lua.

Quando chovia ninguém conseguia passar,

No barro começavamos a deslizar,

Nós moradores sonhavamos com o asfalto,

Quando ele chegou todo mundo deu um salto.

Com alegria jogavamos confetes para o alto.

Começaram-se então as mudanças,

Acabaram-se as brincadeiras das crianças.

Ah! Se eu pudesse fazer o tempo parar,

Para novamente o barro da rua amassar.

Junto com os meus amiguinhos ser criança feliz,

Criança inocente que sem querer deixa escorrer o nariz.

Que corre que brinca de bola sem perigo,

Porque "esconde-esconde" tem sempre um abrigo.

Um esconderijo para você se esconder,

Brincar de "mãe da rua" era sempre um prazer.

Hoje na nossa rua vivem estranhos moradores,

A todo instante passam velozes condutores.

O progresso chegou trazendo a facilidade,

Mas a violência aumentou e tirou a nossa liberdade.

Leila Rodrigues
Enviado por Leila Rodrigues em 16/05/2012
Reeditado em 23/03/2013
Código do texto: T3670716
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