CHIFRES DE OURO

Numa aborrecida tarde de outono,

meio com preguiça, meio com sono,

coloquei minhas belas botas e meu chapéu de couro

e resolvi ir à caça do besouro.

Percorri os campos, vasculhei a mata

e do besouro eu estava à cata.

Tempo passa, tempo voa,

e eu ali, à toa.

Mas, de repente, o que eu percebo?

Não, não, eu não bebo!

Mas eu vi! Eu vi um touro

com chifres de ouro!

Parei, como que extasiado,

pois eu estava maravilhado.

O bicho chifrudo percebeu a minha supresa.

E, achando que eu queria roubar tanta beleza,

chifrou-me com violência,

não acreditando em minha inocência.

Josete Maria Vichineski
Enviado por Josete Maria Vichineski em 20/03/2018
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