O leão verde ( INFANTIL )

Numa reserva africana

vivia um leão tirano

Por ser o rei da floresta

Reinava la soberano

Matava por diversão

Zebra gnu e gibão

E também seres humanos

La morava um antropoide

Um macaco inteligente

Que vagava pela floresta

Muito feliz sorridente

Quando soube do leão

Nunca mais desceu no chão

Ficou triste de repente

E nesta vida ficou

De galho em galho vagando

Lhe intristecia a noticia

Que a ele iam chegando

Que o tal leão solitário

Com instinto sanguinário

Estava se aproximando

Por outro lado o leão

Estava feliz da vida

procurava o tal macaco

Pra lhe servir de comida

Com jeito dissimulado

Tendo um abutre aliado

Era uma dupla temida

No dia que se encontraram

O leão assim falou

Desce e vamos conversar

O macaco recusou

Se eu descer você me janta

Seu semblante me espanta

Como foi que me encontrou?

Porque estava com saudades

O leão falou assim

Eu perdi todos os amigos

Da hiena ao guaxinim

Hoje eu ando deprimido

Também não tenho dormido

Minha vida está no fim

Então falou o macaco

Só tem um jeito pra eu descer

Pega um cipó e se amarra

pra não poder se mexer

Então o leão aceitou

E o abutre lhe ajudou

Não conseguiu se conter

Todo feliz o macaco

Foi chamar a bicharada

Pulando de galho em galho

Sem colocar o pé na estrada

Voltou com um batalhão

Imobilizaram o leão

Que não entendia nada

A juíza coruja falou

Tu agora vai ser julgado

Não por matar pra comer

Como seus antepassados

Isso faz parte do teu ser

Mas matar só por prazer

Merece ser castigado

Deram uma surra no leão

Que estava imobilizado

O porco do mato batia

Também batia o veado

O gnu dava chifrada

O elefante dava trombada

A zebra dava petardo

Com uma chuva de cocô

O leão foi alvejado

Com titica de elefante

De um tom esverdeado

O macaco muito esperto

A tudo assistiu de perto

E o abutre foi chamado

Por ter auxiliado o leão

A montar aquelas cenas

Agora como castigo

Vamos lhe arrancas as penas

Vamos pelar teu pescoço

E só vai ter como almoço

O que sobrar das hienas

Logo após a grade surra

Então veio o julgamento

A coruja como juíza

Mostrou todo seu talento

Foi julgado como proscrito

O macaco leu o veredito

Pelo seu atrevimento

Tu de agora em diante

Terás os filhos perseguidos

Por leões da tua espécie

Seus filhos serão comidos

Pra amenizar tua pena

Vais repartir com as hienas

Todo animal abatido

Até hoje se comenta

Entre as tribos africanas

Que um velho leão verde

Vagava pelas savanas

Com um abutre nojento

Cheirando a excremento

Era o fim da dupla tirana

fim

Pedrão Cordelista
Enviado por Pedrão Cordelista em 27/07/2018
Reeditado em 23/11/2022
Código do texto: T6401760
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