OS NETINHOS DO CAPITÃO

Já sei até quem foram os engraçadinhos

Que jogaram meu radinho na panela de feijão

Só pode ser obra dos meus dois netinhos

Deus do Céu! Ísis, Henrico, serei eu o capitão?

Um dia desses, eu até fiquei com dó

Amarraram as vovós e amordaçaram o Manchinha

Foi gritaria, um tremendo reboliço

Pois jogaram pó de mico enquanto o gato dormia

Fora de casa fica tudo mais tranqüilo

Ah! Se fossem os meus filhos não seria tão hilário

É diabrura em cima de diabrura

Guardem suas dentaduras, lacrem o vaso sanitário

Ah, esses dois têm criptônita no corpo

Eu fiquei foi um mês torto quando puxaram a cadeira

O meu vizinho quase teve um infarto

Amarraram o cão e o gato lá no pé de bananeira

Botaram açúcar no colírio da mamãe

Jogaram cinzas no xarope do papai

Confesso, haja tanta travessura

Esses dois ninguém segura e ninguém aguenta mais

E olha, ela tem três e ele seis anos

Chego às vezes a pensar que eles não têm coração

Quando calados é certo que estão tramando

Tanto que os pais só vivem com o chinelo na mão

E os dois me lembram um gibi que eu sempre lia

Hanz e Fritz , dois pestinhas: Sobrinhos do Capitão

Onde o final da historia eu já sabia

Que depois das diabruras sempre vinha o esfregão

E que esfregão...

E eu que odiava o Capitão!

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 25/08/2018
Reeditado em 22/10/2018
Código do texto: T6429745
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