Volta ao Mundo com Judith (XLIV)

Nossa empreitada hoje, ainda no Pacífico, é visitar a ilha de Pagan, parte do arquipélago de Mariana, possessão norte-americana. Com seus 47,2 km2, trata-se na realidade de duas ilhas, conectadas por uma faixa de tera que em determinado ponto se estreita a seiscentos metros. Seu formato cartográfico assemelha-a toscamente a uma concha. Dista 310 kms de Saipan, a maior da Marianas, e 2.670 kms de Manila, a capital das Filipinas.

Descoberta em 1.669 por Diego Luís de Sanvitores, pertenceu à Espanha até tornar-se possessão norte-americana no final do século XIX. Povoada desde tempos remotos por polinésios, e bastante fértil, assenta-se sobre dois grandes vulcões imponentes. Na mais recente erupção do Monte Pagan, em maio de 1981, seus habitantes foram socorridos à última hora e a explosão que se seguiu deixou visíveis apenas os tetos de sua casas...

Cerca de 20 milhões de rochas vulcânicas cobrem sua superfície, material que se estima seria suficente para a construção do Coliseu, do Panteão, e das Termas de Caracala conjuntamente...

Se eventualmente a terra se tornasse totalmente destituída de suas águas, o Monte Pagan seria a mais alta montanha do planeta, bem mais elevado do que o Everest, pois sua base situa-se nas profundezas da fossa de Mariana, a cerca de 12 mil metros.

O maior sonho dos evacuados, concentrados principalmente em Saipan, é um dia voltar ao solo natal. Crendice não minha, mas não sei de quem tampouco, é que a ilha seja amaldiçoada por esse nome de Pagan...se fosse batizada, não teria sido atingida por essa praga...E na realidade, quando possessão espanhola era chamada San Ignacio...e só não sei se Lula da Silva...

Segundo dados disponíveis atualizados, duas, sim, duas pessoas estariam lá vivendo hoje em dia...

Hora de já ir embora...?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 27/04/2020
Reeditado em 30/04/2020
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