POEMINHAS DA LAGARTIXA
AVENTUREIRA
A lagartixa cotó assim era chamada
E mesmo assim vivia aprontando
Tentava esconder seu defeito
Que era a ponta da cauda cortada.
Mesmo assim vivia a aventureira
Pegava carona nas franjas do vento
Caia no meio de um jardim
No canteiro de dona roseira.
Que furiosa começava a reclamar
Que a queda machucou suas pétalas
A lagartixa saia de fininho
Antes que as flores viessem lhe atacar.
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A FUJONA
Quando o dia ainda começava a se espreguiçar
Esmeralda escapava pela janela
Saia para mais uma das suas estripulias
A tardinha ficou cansada de tanto andar.
O céu escureceu a chuva caiu
A lagartixa se encolheu num tronco
Já estava toda encharcada
A noite chegou ela nem viu.
Com medo ficou pensativa
O frio começava a congelar
Queria sua caminha quente
A chuva só aumentava.
Quero a minha caminha
Era obrigada a passar a noite ali
Prometeu que tomaria juízo
Nunca mais fugiria sozinha.
Irá Rodrigues
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TINHA QUE SER A LAGARTIXA
A lagartixa arteira
Foi ver televisão
Quando ouviu um trovão
Derrubando a casa inteira.
A pobre da lagartixa tremia
Correu em disparada
Estava tão assombrada
Que nem viu o que acontecia.
Achou que era trovão
Mas de longe viu o gigante
Era um enorme elefante.
Ficou por ali tremendo
Se por ele fosse pisada
Coitada seria esmagada.
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