A porquinha Janaína

A porquinha Janaína se apaixonou pelo corvo Conrado

Foi amor à primeira vista, o corvo por ela se encantou

Ela com pele rosada e ele, um moreno sarado

Com seus gritos estridentes Janaína o conquistou.

 

Conrado sempre calado, vivia a casa a limpar

Enquanto a porca Janaína vivia tudo a sujar

Depois de um ano juntos começaram a brigar

O corvo já não aguentava tanta sujeira no lugar.

 

A porquinha não suportava tanta limpeza do amado

Se soubesse que era assim não havia com ele casado

Janaína era gulosa e deixava o leite derramado

O Conrado já cheirava a leite velho azedado.

 

O corvo já estava gordo e cansado de tanta sujeira comer

Já estava andando triste com muito medo de morrer

Mandou chamar um advogado para o casamento desfazer

Aquela vida de casado era chata de doer.

 

O urubu foi o juiz que fez o tal casamento

Disse já estar esperando por esse triste momento

Afirmou nunca ter visto seres tão diferentes manter um relacionamento

O corvo não aguentaria viver num lugar tão fedorento.

 

Com a presença dos dois, o juiz desfez a união

Foi cada um pro seu lado viver a vida de solidão

Mas antes trocaram olhares cheios de muita paixão

Nunca mais se encontraram nesse imenso mundão.

 

Joyce Lima
Enviado por Joyce Lima em 06/02/2022
Reeditado em 07/02/2022
Código do texto: T7445904
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