O patinho feio
Na ninhada da mamãe pata
nasceu um patinho
Que de tão feinho,
mais parecia um monstrinho.
Ninguém queria com o patinho brincar.
E ele se sentindo sozinho
triste, pôs-se a ficar.
Ele até tentou fazer
novas amizades,
Foi até o galinheiro
e convidou a galinha
para brincar no terreiro.
-Dona galinha, a senhora quer ser minha amiguinha?
E a galinha respondeu:
-Mais respeito seu moleque!
Tenho mais o que fazer!
-Vou comer milho fresquinho
e meu papinho poder encher.
O patinho, magoado, se afastou.
Logo viu o galo e outra vez
ele arriscou.
-Bom dia, senhor galo!
Estou tão sozinho, você quer ser meu amiguinho?
- Fora daqui, pato boboca! Não está vendo que estou a caçar?
E uma minhoca dondoca
Vai ser sim o meu jantar!
-Có-có-có ri ri có có!
O patinho, desprezado,
sem amigos, saiu desolado
Foi andando sem rumo
perdido e abandonado.
Ao chegar num lindo rio
na água fria ficou a nadar,
Passaram-se muitos dias
E o pato sempre a chorar.
Quac, quac, snif, snif...
Quac, quac, snif, snif...
E o rio cada vez mais cheio
com as lágrimas do patinho feio.
Qua, quac, quac, snif, snif...
Até que um dia já cansado de tanto chorar
pras águas do rio olhou.
E não é que aquele pato desengonçado
Em um lindo cisne se transformou?