A INDIAZINHA AVENTUREIRA

Naquela tribo tinha muitas crianças, mas uma menina era muito esperta e curiosa.

Thainá era uma indiazinha de oito anos, e quando via seu pai sair para caçar ficava com muita vontade de ir também.

Em uma tarde quando os homens da tribo saíram para a caçada, a pequena índia teve uma péssima ideia.

Pegou seu arco e flecha, e sem que ninguém percebesse, partiu atrás do grupo de índios.

Mas para não ser vista por sua tribo, fica de longe, sempre se escondendo e andando mais lentamente

Ela vai mata a dentro toda feliz, quem sabe se eu consigo caçar uma cotia ou um coelho, seria um bom jantar para minha família.

Ela de distrai e de repente perde o grupo de vista.

— Mas cadê todo mundo? não consigo ver mais ninguém!

— Acho que foram por ali.

Thainá andou, andou, e nada, não achou mais os homens de sua tribo.

Resolveu voltar.

— Acho que é por aqui.

— Já andei bastante, estou ficando cansada.

A Pequena índia fica preocupado porque o sol já estava se escondendo e ela sabia que a noite sozinha no meio da floresta era muito perigoso, tem onça, jaguatirica, lobo, e outros animais.

— E agora estou com frio, com fome e com muito medo!

Tainá sobe em uma grande arvore e se ajeita para passar a noite.

Mas quando tudo estava escuro, ela viu de longe uma pequena luz.

— Espera aquilo é uma fogueira, deve ser da minha tribo!

Thainá corre pela floresta como um vento em direção aquela luz.

Ao chegar próximo percebeu que não eram índios, mas sim caçadores.

Ficou quietinha atrás de uma arvore observando e o que viu fez tomar um susto!

— Ai, ai, ai, olha o que eles fizeram com a coitada daquela onça, mataram só para tirar a pele dela!

— Imagina o que eles vão fazer comigo!

Thainá sai devagar, e depois corre sem rumo na escuridão.

Então sobe novamente em uma arvore e espera o dia amanhecer.

No outro dia ainda com muito medo, sai andando sem rumo, mas de repente ela ouve um barulho de água, encontra um riacho e segue na sua direção.

Caminha pensativa, se lembra dos ensinamentos: — A minha aldeia fica na direção que o sol nasce!

Agora sim, ela consegue tomar a direção correta e anda rapidamente porque não quer passar mais uma noite sozinha na mata.

Depois de algumas horas reconhece as redondezas da sua aldeia e ouve vozes e cantorias.

Quando entra na aldeia, vê os guerreiros e eles correm em sua direção. Thainá fica assustada quando eles a pegam nos braços e jogam para cima e gritam seu grito de festa.

Foi aí que a menina índia entendeu que todos estavam a sua procura, e felizes por tê-la encontrado.

Thainá aprendeu duas lições:

Uma: Nunca sair sem avisar os mais velhos!

Outra: Caçadores são muito maus!

miriam rufino
Enviado por miriam rufino em 14/08/2022
Reeditado em 17/03/2023
Código do texto: T7582371
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