O amigo da onça


Cacau era adolescente de 16 anos. Alegre, extrovertido, fazia amizades com facilidade.

Todos os fins de semana organizavam uma festa ou marcavam encontros nas baladas.

Cacau dizia que só queria divertir-se e zoar.

Um dos amigos numa festa ofereceu drogas a Cacau.
Ele recusou, mas os amigos diziam que ele era fraco, que não era mais criança para pensar em conselhos de papai e mamãe.

E sempre que havia uma festa, lá estava o colega que colocava lenha em todos os amigos.

Cansado dos deboches, em uma das festas resolveu experimentar o crack.
O amigo que sempre o cercava oferecendo de graça, agora estava cobrando.

Cacau começou a trocar o que tinha pelo crack: relógio, pulseira, cordão de prata, seu videogame, a bicicleta...

Quando não havia mais o que trocar, começou a furtar pequenos valores em dinheiro da própria casa.

O dinheiro do pão, da feira, das compras.

Como isso nunca acontecera, o pai resolveu seguir Cacau numa noite.

Ficou estarrecido. Lá estava Cacau na balada acompanhado de um traficante.

O pai não teve dúvidas. Internou Cacau para tratamento.

Cacau conseguiu recuperar-se por ter sido descoberto pelo pai logo no início do vício.

Porém, quantos Cacaus estão mortos ou gravemente doentes? Quantos abandonaram suas famílias para viver nas ruas?

Essa é uma história triste, mas que acontece todos os dias com adolescentes.

Não faça tudo que lhe peçam. Fique atento, pois entre os amigos, tem sempre um amigo da onça.


Nota da autora: qualquer semelhança com nomes e fatos, é mera coincidência.
 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 30/01/2012
Reeditado em 25/04/2014
Código do texto: T3470452
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