Capítulo 16

Ao avistarem de longe as praias do Leisom,só encontraram um buraco com lama ressecada pelo sol e animais mortos ou em inanição. Suas águas coloridas,agora misturam-se com a cor barrenta e triste de um solo seco e árido. Kshyra e Kalayama têm os olhos marejados d'água. _C... co... como aconteceu isto?_questionava Gobletz,chocado com tal cena ante a seus olhos. _Não sei,primo. Não sei... . Em meio a esse lastimoso desastre,em Laprovitz não está diferente... . _Ah!. Tomar uma ducha agora... . Ué?!?. Cadê a água?. Acabou?. Como?. _Vou fazer um café da manhã daqueles. Colocar água na chaleira... Hum?!?. Estou sem água?. Como!?!. Isso só pode ser brincadeira... . A falta d'água nas casas era o de menos. Além do Leisom abastecer a cidade,ele tem outra funcionalidade:a de regular a sensação térmica na cidade. Em outras palavras,é ele quem refresca a cidade,que,por outro lado,já começava a esquentar. A vegetação antes viva e colorida,agora era uma tristeza só:uma mistura de lama e montes de folhas amarelecidas e mortas no chão. As árvores,que antes pareciam sorrir os visitantes,agora pareciam mostrar uma boca de esgar da morte. Mas havia uma coisa bem pior do que esta:o cheiro da putrefação e morte por todos os lados em que se caminhava na praia morta do Leisom que pedia socorro... . _Quem,pelo amor de Bendarus.faria tal maldade com um rio que só traz alegria?_questiona Plenirus. _Vamos embora,Plenirus. Não há mais nada a fazermos aqui_diz Kshyra,desconsolada,abraçada a Plenirus. _vamos,Kyllimby_imita Kalayama a Gobletz,que sai sem saber o por quê. E em Negris Cordis... . _Que maravilha!. Finalmente saberei o que é ser poderosa ao extremo!. Rá,rá,rá. _Finalmente,o poder é nosso!. Seremos invencíveis!_diz um bruxo de rosto sangrento,medonho. _Festejemos a isso!_exclama Malevolus. _A nossa sorte!. _A nossa sorte!. E assim vai a festa no castelo. E em Leprovitz... . A cidade está se tornando uma desolação,caos,calamidade pública. O sol a esquentar cada vez mais. E para piorar (como se fosse possível!),o cheiro putrefato da morte. Nesse ínterim,as famílias dos nossos jovens adentram a cidade. Parece que assistiam à um filme de terror. Leprovitz estava um caos!. Sem as águas,a cidade sumiria do mapa. Enfim conseguiram entrar e foram para a casa de Plenirus. _Que caos!. _Por Bendarus!. _E alguém tem alguma ideia de como foi que aconteceu isto?. As famílias olhavam-se uns aos outros sem resposta. _Então é melhor esperarmos. Enquanto esperavam,a TV noticiava algo. _Aumenta aí,Gobletz. _Sim,tio._e Gobletz vai à TV. <i>As autoridades não sabem como acontecera tal fato. Tudo indica que só pode ser alguma magia que secara o Leisom. Por isso,o governador convoca os leprovitzianos do sexo masculino a pegar em armas e recrutarem-se para saber onde estão as águas. Aguardem novas notícias.</i> . _Pegar em armas?. _Por Bendarus! _exclama a mãe de Gobletz e quase desmaia. Plenirus olha para Gobletz com cara séria e decide. _Eu vou. _Não,filho!_responde seu tio. _Também vou!_decide Gobletz. _Por Bendarus!_e assim saem os dois primos à alistarem-se. As famílias olham-nos com os olhos marejados. Kshyra e Kalayama correm aos seus encontros e dizem quase em coro. "Não!. Não vão!". _É pela minha cidade_responde Plenirus e sai com Gobletz. _Vão com Bendarus..._soluça a tia de Gobletz com os olhos marejados. _E que Ele nos proteja... . Lá fora está o caos instalado na cidade. O prefeito está a mil com os cidadãos. _Vamos convocar os cidadãos para a praça Central. _Sim. Enquanto isso,em Negris Cordis... . _A cidae está um caos!. Perfeito!. _O que a Suprema Feiticeira irá fazer agora?. _Bem... pensei em ir a Leprovitz e "mostrar a cara". Que tal?. _Podemos ir juntos?. _Mas que pergunta!. É lógico!. Quanto mais feiticeiros,melhor!. E então saem de Negris Cardis montes de bruxos,feiticeiros rumo à Leprovitz... .