POEMA CAIPIRA

Toda vez qui vejo ocê

Sinto um frio tão esquisito

Me seca a boca na hora

E por dentro eu sorto um grito

Toda vez qui ocê me óia

Me sobe um calor tão estranho

Sinto um fogo na cara

E sou tomada de assanho

Toda vez qui ocê me chama

Pra ir lá na cachoeira

Eu sei qui mió num tem jeito

Saio assim na galopeira

Toda vez qui nóis vem junto

Deste lugar tão bendito

Eu fico mole, mole, mole

Achando ocê tão bunito...

Mas toda vez qui ocê passa

Fingindo qui nem me vê

Eu fico morta por dentro

Mas num desgosto docê...