Angústia
Eu sinto-me angustiada. Não sei o que está acontecendo comigo. Não compreendo o que se passa em minha mente. Há um aperto em meu peito, uma dor no fundo do meu coração.
Eu só queria sumir.
Minhas únicas amigas só me procuram quando precisam. Eu não as largo, pois não suporto a ideia de ficar sozinha na escola, excluída em um canto qualquer. Acredite, isso já aconteceu. E foi o pior momento da minha vida. As coisas só começaram a mudar no ano passado, quando eu as conheci.
Todos os dias, eu acordo e procuro um motivo, apenas um, para continuar vivendo. O que eu posso fazer, Senhor? Tenho vontade de fugir. Morar em uma cidade agitada, alegre e colorida, onde ninguém me conheça. Mas como? Talvez seja melhor deixar para depois... Eu não tenho dinheiro. Dependo dos meus pais para viver. Para sobreviver, na verdade.
Nada,
Nada faz sentido.
Tudo,
Tudo o que eu tenho...
É um coração partido e que, aos poucos, vai perdendo as forças e a vontade de resistir.
E ninguém está disposto a juntar seus cacos, a segurá-lo nas mãos e abraçá-lo. Ninguém está se importando com o seu estado. Afinal, ele é só mais um coração partido, sofrido. Não é o primeiro e nem será o último... Então, para quê se importar?
Eu só queria sumir.
[Obs.: Esta é apenas uma ficção, não há relação com a minha realidade.]