A Conduta de: A Tudo Pecamizar

" Parece que estamos num ciclo comportamental vicioso em que tudo que se faz é pecado ou não provém de Deus, será? Não quero aboli o pecado, ele existe e é responsável por separa-nos de Deus, mas não se pode considerar tudo como pecaminoso.Nem viver sendo apontado ou julgado, preconceituosamente, como se tudo que se faz fosse, de fato, um malefício quando, na verdade, falta só uma atenção mais cuidadosa para identificar o que realmente faz mal. E pior, faz mal a mim ou a ti?

Deixe-me explicar: Conforme Romanos 14.13 a 23 o nosso irmão Paulo não via desse modo que nós, pelo contrário, via as coisas além do que elas se apresentavam, ou seja, não tinha o hábito de prejulgá-las, como hoje se faz. Tinha o que nos falta: discernimento.

Ele, por sua vez, preferia analisar tudo e vê nelas algo de bom, digamos assim, em tudo! Acredito que foi com esta ideia que escreveu: versículo 14- Eu sei e estou certo, no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.

Aí, percebendo que alguns não entenderiam disse no versículo 20: Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com

escândalo.Traduzindo:Queria dizer que tudo é de Deus, e, portanto, não há nada impuro, salvo para os que assim consideram ou que exageram no ato de fazer. E asseverava concluindo no versículo 22.b: Bem -aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova.

O livro de Jó completa bem esta ideia, ele joga para a consciência do homem a palavra final, ou seja, tem-na como a juíza de cada um, aquela que sentenciará quanto ao agir, absolvendo ou condenando a FAZER ou NÃO FAZER.

E, para não deixar margem de dúvida ou qualquer confusão de interpretação complementa o Apóstolo de Cristo no último verso do capítulo, o 23: Mas aquele que tem dúvidas, se come, está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.

Obs:Substitua aqui o verbo: 'comer', por 'fazer, para facilitar o entendimento'.

E, falando sobre condenação, quer dizer 'autocondenação (condenação própria)' veja o que está escrito em 1 Jo 3.21: Amados, se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus; você está absolvido para fazer, desde que não ultrapasse o limite da sua consciência/coração.

No mais, deixemos de 'pecamizar' tudo , inclusive aquilo que não temos conhecimento. Não quero modernizar as coisas/pessoas nem descaracterizá-los em sua identidade, mas infelizmente, o povo ainda peca por lhe faltar conhecimento (Oséias 4.6), principalmente na cultura enraizada, ainda vigente, de considerar o que não conhece como pecado a todo custo quando deveriam inteirar-se acerca delas, primeiramente, em vez de optar por condená-la simplesmente como imunda de maneira preconcebida."