A Cidade dos Corvos - Coordenadas

-Anna? O que está fazendo aqui?! Achei que viria só amanhã - falei bocejando.

-E é amanhã Tom….já passou da 00:00 - falou ela séria.

E eu sorri para ela com um sorriso debochado.

-E então, o que tem para me dizer agora? -perguntei limpando os olhos.

-Eu preciso te explicar quem é minha tia Louise, e dizer para você algumas outras coisas. Coordenadas. - falou ela docemente.

-Coordenadas?! - abri os olhos que estavam quase se fechando de sono.

-Isso. Coordenadas. É importante para você saber de tudo. Louise é a minha Tia, irmã da Medusa, e meu pai, é o Tronos, irmão das duas. Todos eles são muito poderosos, meu pai, minha Tia Louise e a Tia Medusa, todos eles foram designados com um poder, ou uma força, chame como quiser. Minha tia Louise, tem o poder da vida, ou seja, ela quem fabrica e distribui, minha tia Medusa, é a transitória, ou seja, ela apenas liga uma alma para o seu fim e o meu pai é aquele quem determina a cada canto que as almas vão ficar. - falou ela tranquilamente.

-Então, o seu pai, aquele quem estava no hospital, na verdade, é o Tronos? - falei surpreso.

-Sim. - falou ela tranquilamente - mas ele não tem o controle da vida, apenas, de encaminhá-la. - falou ela me olhando com um olhar calmo.

-E porque você estava doente? Sua Tia Louise não poderia te salvar? - perguntei curioso.

-Meu pai e a minha tia brigaram, feio. Meu pai queria roubar o lugar dela, e,minha tia fez com que eu ficasse doente para "punir" meu pai. Ele tentou roubar o trono dela, ela ficou uma fera e como punição, fiquei doente. Mas enfim, a questão é que, minha Tia Medusa, quer ter o controle das três regências, da vida, e da direção dela, com isso, ela fica forte e poderosa, quer aprisionar o meu pai e a minha Tia,mas, você não pode deixar. Porque você é o porta-voz. - falou ela.

-Mas, como assim?!. Eu sou o porta-voz, não guerreiro. - falei confuso.

-Eu sei, nós sabemos. Mas, você foi escolhido, tem uma força dentro de você que é capaz de nos livrar e combater com a Tia Medusa. - falou ela.

-Você quer que eu, um simples mero mortal, lute contra uma entidade maléfica? - falei incrédulo.

-Isso! -falou ela firme e me olhando fixamente.

-Você so pode estar maluca! Escuta….ninguém está me ouvindo aqui….ninguém está preocupado com a minha vida não ne?! Eu já percebi. Eu estou totalmente perdido! Vou morrer em pedacinhos, picotado porque os três irmãos, decidiram brigar e lutar entre si! Mas o que ninguém está prestando atenção aqui, é: E EU? morro e acabou?! - falei com o coração acelerado.

-Tomas…. Você é o único que tem coragem o suficiente para isso...na escola não enfrentava aqueles palermas…..em casa….lutava para manter o seu clube de investigação alienígenas em pé…..e sempre foi guerreiro. Está no seu sangue Tomas….- falou ela docemente.

-Escuta loirinha, eu só não revidei na escola, porque sempre fui o bobão, e o fraco, o elo mais fraco. E, investigar vida alienígena é bem mais seguro que essa missão maluca!....- falei irritado.

-Tomas…..almas precisam de ajuda. E só você pode vê-las….não pode negar que as vê, não pode negar que elas te chamam…. Nunca negue para uma alma Tomas. Nunca. Almas são importantes. Salvará todas elas eu tenho certeza - falou Anna calmamente.

-E como vou lutar contra uma entidade! Me responda?! - falei indignado.

-Com aquilo que as combate. Veja: Meu pai, Tronos, é o dono de condução, ou seja, ele detesta caminhos tortos. Minha Tia Louise, É a dona da Vida, ou seja, ela detesta imperfeição. E a minha Tia Medusa, é a transitória, ou seja….. - falou Anna querendo que eu completasse a frase.

-Sei lá! - ergui os ombros com desdém.

-Ai Tom!.... - ela bufou- tem medo que seja interrompida! Que as transações falhem, que sejam livres. - falou Anna impaciente. - o que você tem que fazer, é simplesmente fazer a verdadeira bagunça no Reino de Medusa, e usar armas que, você possa se defender. - falou ela simples.

-Boa! finalmente estamos conversando! - falei sorrindo para ela. - e aí? Onde encontro as armas? - falei esfregando uma mão na outra.

-Simples. Aí vem as coordenadas. Pela cidade dos Corvos , estão servos da Medusa, ou seja, porta-vozes dela, o que acontece na cidade, as conversas,o que as almas fazem, tudo, exatamente tudo, Medusa sabe e vê. Inclusive, essas pessoas, contam para ela, e ela resolve a situação, e é dessas pessoas que você tem que ficar longe, elas estão espalhadas por toda a cidade, são comerciantes, vendedores, compradores, moradores de rua, caseiros, lixeiros, eles estão por todas as partes e lugares, por isso, todo o cuidado e atenção possível deve ser tomado. - falou ela sorrindo.

-mas, eles demonstram alguma coisa? Tem algum diferença? - perguntei preocupado.

-Sim, eles tem olhos vermelhos quando refletem na luz. Nenhuma alma reconhece o ponto de luz vermelho, você certamente vai. Por isso, tome cuidado, preste atenção, vai na Get's,la a Madame vai com Certeza providenciar um escudo próprio para você. E também, vai te dar um armamento. - falou Anna.

-Como Você sabe disso tudo? - questionei.

-Bem, sou filha de Tronos, tenho que saber. E Louise me contou as coisas que não sabia. Vai no Get's a madame vai te ajudar, eu tenho certeza. - afirmou Anna.

-Certo….mais alguma coisa? - perguntei curioso.

-Não…..acho que não…..eu já disse tudo. Tom, tome cuidado,e principalmente,se proteja, fique atento. E treine. Vai precisar. Ah…..Tom….não vou voltar mais a contactar contigo, acho que tudo que eu tinha pra dizer eu disse. Espero que nos vemos em breve.- falou Anna sorrindo.

-Eu vou te libertar está bem ? Eu prometo. - falei sorrindo fraco para ela.

-Eu tenho certeza de que você vai conseguir tom, tem que conseguir. Mas não se preocupe, e nem tenha pressa, tudo dará certo no seu devido tempo. - falou Anna sorrindo.

-Eu espero Anna, eu realmente espero por isso. Nos vemos em breve, e pode deixar que eu terei cuidado. - falei sorrindo para ela.

-Tudo bem. Eles estão vindo. Eu preciso ir. - falou Anna…. NAO POR FAVOR NAO! NAO FACA ISSO! …...AAAAAAAAAAA…..-Anna deu um grito de desespero e tudo fico preto e depois escuro porque o dia não estava amanhecido ainda.

Eu acordei suspirando pesadamente, suando frio, e enjoado.