Sou Eu, farrapo humano
De puro maldizer, ou desengano
De andar, nas madrugas frias
Delimitando a Fé, com os pés no chão
Cantando a pinga, ao revirar o lixo
Pra espreitar a peste, e a solidão
 
Sou Eu, magnitude é a Noite
De choro, e um cego açoite
De pobre envergadura humana
Desterra o fel, abranda a imensidão
Castrando a alma, enamorado bicho
Pra quê viver então?
 
Sou Eu, fétida carne, Afim
De síndrome carente, e usurpador
De vestes realistas, ou coisa assim
Desprovedor da morte, sem ter refrão
Caída a crença, ensangüentando o tacho
Negociando a sorte, da traição
O Guardião
Enviado por O Guardião em 10/07/2008
Reeditado em 11/07/2008
Código do texto: T1074290