Elo

A eloqüência amparada no colo da loucura

Manifesta-se no silêncio

Com um assustador grito suicida que o homem não ouve

Só assiste na impaciência a sua própria miséria

Nos quartos de um rato escalpelado em nome da ciência

Descobriu-se o nome da morte, e agora como cobrar

Uma morte lenta e dolorosa no seio de almas castadas

Passeia o horror de existir sol e lua sempre ao ponto inclinado

Lado a lado se vê o desespero nos ombros da arte

Terapias de choque para um pouco de osmose

No vegeto de eras exautadas no coito

No ensoito da ausência o silêncio é retardo

No citado Homero, que caminha sem causa

Na flauta de um mito.

PANDORA AEDO
Enviado por PANDORA AEDO em 06/05/2006
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