Devo, Não Nego e Pago Quando Puder

O que eu faço para pagar as dívidas

em que eu possuo?

Se não consigo dar o fim ao meu consumo?

Pode até parecer sarcasmo

Pode até parecer ironia

Mal acabo de sair de uma

e já entro em mais dívidas

Assim não dá! Como é difícil ser brasileiro

É melhor pedir dinheiro emprestado,

não há outro jeito.

Não é só com bobagem, não é só com mulher

É com diversão, birita e amigos

Apenas digo:

Devo, não nego e pago quando puder...

Devo, não nego e pago quando puder,

podem até me cobrar.

Não atrevo, não arredo as dívidas

em que comprometo a pagar.

Devo, não nego e pago quando puder,

podem até me cobrar.

Não atrevo, não arredo as dívidas

em que comprometo a pagar.

É difícil não endividarem

Com poucas rendas familiares

Eu devo a farmácia do Sr. Lau, que é meu chegado

Remédios e cosméticos, nele compro fiado.

É toda hora me cobrando. É toda hora me ligando

É o fulado de tal da mercearia.

É o ciclano de tal de tal loja

Doido já estou ficando

Pra aumentar o meu tormento, devo até minha sogra.

É um pesadelo que nunca acaba,

começa por onde termina

Mas tenho esperanças de que saio das minhas dívidas

Nem que eu peça para o Santo Expedito,

ou pra São Tomé

Mas fiquem sabendo:

Devo, não nego e pago quando puder...

Devo, não nego e pago quando puder,

podem até me cobrar.

Não atrevo, não arredo as dívidas

em que comprometo a pagar.

Devo, não nego e pago quando puder,

podem até me cobrar.

Não atrevo, não arredo as dívidas

em que comprometo a pagar.

Paladin (Paladino)
Enviado por Paladin (Paladino) em 12/02/2011
Reeditado em 29/11/2013
Código do texto: T2788183
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