Meu Rancho

Meu rancho (título antigo: tô indo pro rancho)*

* Em 09.07.2011: a letra ainda está longa e a parte inicial ainda não está bem desenvolvida. Mas, a fiz pensando num amigo com quem gosto de tocar violão bem longe da cidade, junto ao absurdo e simples encanto da natureza, chamado Santo e de quem já falei em muitas crônicas por aqui.

A minha idéia é passar a letra pra ele musicar. Não sei se aceitará. Se der certo, vou ver se um outro amigo, Bolita, grava pra jogar no Youtube.

Meu rancho

Vou embora pro rancho

pra saciar a vontade

me encher de alegria

me esquecer da cidade

e receber os amigos

Deus tá junto comigo

canto meus versos

os medos disperso

e solando a viola

eu zombo dos perigos

É rancho sem portão

nem alarme ou, janela

porteira na entrada

um fogão bem caipira

e espaço à vontade

pra beleza ao redor

um presente de Deus

rancho feito por mim

que admiro o valor

das coisas do interior

Arroz mole ou branquinho

com frango e cambuquira

feijão tropeiro, caldão

de traíra ou lobó

figo e giló na farinha,

capricho no tempero

de cebola e açafrão

fica gostoso que só

a moçada aproveita

e come que é um desespero

Nas manhãs de inverno

água fria e neblina

nas tardes de verão

banho pra livrar o calor

nos dias de solzinho

o céu limpo e azulado

nas tardes de outono

por do sol furta-cor

e no tempo enchumbado

o feijão - que verdor

Afino meu instrumento

toco e canto sentido

menor, maior e sustenido

falo do sertão brasileiro

até que eu não aguento

e é uma música pra fora

e uma pinguinha pra dentro

viver é muito bom e já vivi

o meu rancho é sagrado

e eu não saio daqui

Se me fizer a visita

a exigência é pouquinha

não falar de mulher

dos outros, sua ou minha

respeitar os presentes

e ajudar na cozinha

conte causo e piada

fique até a noitinha

muito bem vindo seja

mas traga paz, e cerveja

Afino o instrumento

toco e canto sentido

menor, maior e sustenido

falo do sertão brasileiro

até que eu não aguento

e é uma música pra fora

e uma pinguinha pra dentro

viver é muito bom e já vivi

o meu rancho é sagrado

e eu não saio daqui

Moro na cidade

um lugar assim eu pedi

o meu rancho é sagrado

e eu não saio daqui

A letra acima já é a versão de 10.07.2011 e é uma moda de viola.

Os versos que estão abaixo eram a parte final da versão antiga, que misturava moda de viola com toada. Mas, embora estivesse dentro da temática, ficava um negócio meio indefino. Tenho agora a impressão de que ela é autônoma, e pode virar outra letra...

- Em 13.07.2011 - esta é a versão atual da segunda parte, que ganhou um título próprio, "Quilômetro 92", que é uma referência à distância entre Goiânia, capital de Goiás e a cidadezinha em que nasci, Turvânia, assim denominada por que se localiza no vale do rio Turvo, afluente do rio Verdão.

Quilômetro 92

Eu sei de onde vim

e sei pra onde vou

sei quem você

você sabe quem eu sou

origem conhecida

nesta terra sagrada

parti pra longe um dia

mas meu coração ficou

eu pego a estrada

não penso em mais nada

quero voltar à terra natal

depois da rotina corrida

viver um sonho vivo e real

reacender a brasa dormida

reencontrar os meus pais,

irmãos e velhos amigos

levo no carro meu violão

dias de paz e alegria

quilômetro 92 da rodovia

não é nem um pouco banal

mais uma tarde de alegria

num pedacinho de céu

meu ranchinho pequeno

horas de paz e cantoria

a voz carregada de emoção

de um velho amigo

que toca e canta comigo

o ponteio do violão

de um velho amigo

que toca e canta comigo

...........................

Em 11.07.2011 - Esta última parte do texto também parece algo autônomo, que pede um texto diferente.

Em 12.07.2011 - Bom, agora vou começar a trabalhar nesta parte, que, pelo começo que teve, penso em transformar numa letra que simplesmente cita os rítmos sertanejos e regionais e,m falo dos seres da natureza da região do vale do rio Turvo(quase todos com nomes de origiem indígena), seguida do refrão.

Bem simples. Espero que seja eficiente. Título provisório: "O mundo da gente"...

O mundo da gente

É o som diferente

que canta minha gente

moda, viola e violão

a voz que vem do sertão

é o mundo falado

do povo do cerrado

foi aqui que nasci

como eu gosto daqui

Catira, trova e, cateretê

marcha, pagode e catupé

guarânia, valsa, e lundú

rasqueado, polca e chamamé

Congada, xote e, cururú

moda de viola, e vanerão

corrido, polca e rasqueado

rancheira, trova e batidão

É o som diferente

que canta minha gente

moda, viola e violão

a voz que vem do sertão

é o mundo falado

do povo do cerrado

foi aqui que nasci

como eu gosto daqui

Vai passando juriti, jacú tapera e carcará

anú, rolinha, e periquito, canário, pomba e sabiá

Vem nadando lambari, mandi, traíra e acará

piau, barbado, surubim, canivete, caranha, e mapará

É o som diferente

que canta minha gente

moda, viola e violão

a voz que vem do sertão

é o mundo falado

do povo do cerrado

foi aqui que nasci

como eu gosto daqui

Rondando longe o ouriço cacheiro, capivara, paca e tiú

pintada, lontra, campeiro, mico e lobo guará

Voando perto abelha jataí, uruçú, mandaçaia e arapuá

jandaíra, bejuí, tataíra, tiúba, e borá

É um som diferente

que canta minha gente

moda, viola e violão

o voz que vem do sertão

é o mundo encantado

do povo do cerrado

foi aqui que nasci

não saio nunca daqui