DE REFLEXÃO

Transcende a vida quem sorve o silêncio /

na dura busca infinda do saber /.

Ao pé do fogo, o gaúcho medita /

e acredita no seu próprio ser.

Quem tem cavalo e um cusco amigo/

tem seus parceiros na hora do aparte /

O pampa imenso pra engolir lonjuras /

no rancho a gaita pra bailanta e arte. /

Só quem tropeou e cruzou fronteiras /

pode ver coisas que alguém nunca viu /

Sente-se filho da mãe natureza /

e chora as mágoas do seu mano rio./

Quem tem o mate, cevador de ideias /

no grande enlace de uma roda irmã /

o sol razante empurrando o dia /

ou a erguê-lo, fisgando a manhã...

E lá adiante quando ao pôr do sol /

pra este alguém Deus dê um aceno /

irá embora tendo a certeza /

de que o mundo se tornou pequeno./

(Letra de Paulo de Freitas Mendonça, melodia de Jorge Trindade e interpretação de José Cláudio Machado)

PAULO DE FREITAS MENDONÇA
Enviado por PAULO DE FREITAS MENDONÇA em 13/12/2011
Código do texto: T3386852