DOCE CILADA.

Tudo que tenho devo a mim e mais ninguém,

meus rombos, meus escombros, meus socos, meus arroubos,

são só meus, não vem que não tem,

não vem que não tem.

Cada pisada na bola, cada escorregão,

cada desafinada, cada mijada fora do penico,

tudo saiu de mim como filhos paridos sem sermão,

sigo em frente só rente em mim, só em mim,

só em mim.

Se tive aplausos, o show foi meu, sabia?

Se cantei pra plateia vazia, valeu pela alegria,

ou solitária agonia.

Todo suor que caiu de mim fugiu da minha fantasia,

todo choro que jorrei foi plena alforria,

e de mais mais ninguém, mais ninguém.

Os amores, até os que mal quis,

foram filhos do meu sangue, da minha raiz,

se ficaram, se foram tudo ou foram nada,

é tudo coisa minha, acerto ou mera cilada,

ou mera cilada.

Deixe minhas coisas como estão, sai dessa vida,

cada um sabe onde a alma vai rosnar,

nesse jogo só entra um, só dá pra uma fiança,

nessa história só um vai se fartar.

Se quiser entrar na minha dança, não tenha dó,

só pra não deixar a razão virar pó,

esquece meus medos, nossas falas vazias,

esse papo furado virou azia,

o que era asneira virou alegoria.

Não sei onde teu rio vai espreitar,

nem onde nossa água vai misturar,

pra virar uma só, talvez um nó,

talvez o nosso melhor.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 22/11/2014
Reeditado em 22/11/2014
Código do texto: T5044676
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