PIRINTÁ IUIRIA (CORRENTEZA VERDE)

O verde floriu, encantou.

Desvelando a Amazônia em nós.

Navegando os rios, furos e igapós.

Não, não entre sem minha permissão,

Eu estou entre galhos jogados ao chão,

Não, não destrua o ninho de japiim,

É esse verde é como água dentro de mim.

É meu pensar é conservação,

Minha aldeia não gosta de poluição.

É meu ser “índio” não está só no cocar.

Está na consciência, no respeito com meu lugar.

Ser índio vai além de jenipapo e urucum,

Ser índio muki pirantá parana açú.

Para além da pele vermelha a mostrar,

Yepé indá iuiria parawá cumyssa.

Não, não entre sem minha permissão,

Eu estou entre galhos jogados ao chão.

Não, não, não!

Márcia Wayna Kambeba
Enviado por Márcia Wayna Kambeba em 01/12/2015
Código do texto: T5466978
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