MENTE PROFANA

MENTE PROFANA

Quando te vi assim distante, bem, bastante.

Bastou pra mim, aproximação veia imediata.

Corri noites sóbrias, ruas, em ébrio instante.

Seguindo passos traídos, tento calcular data.

Muito tempo perdido, para coração partido.

Revi trajetória, busquei na memória, chorei.

Prometi começar tudo de novo, com sentido.

Sem ser repetido deslizes, quais descarrilhei.

Andar na linha exige equilíbrio, malabarismo.

Malabarista, mala, bairrista, palhaço, artista.

Escritor das linhas tortas, ajuda ao realismo.

Apesar das inconsequências, bom projetista.

O canteiro bonito, cheio de flores iguais você.

Dona do meu juízo, rainha da minha cabana.

Reverter o conceito, tudo direito, te merecer.

Até abaixarei o som, tom, da mente profana.