Ele surgiu como quem não quer nada,

No canto do balcão em plena batucada,

Pediu um tira gosto e uma loira gelada,

Paquerou discretamente toda mulherada

Lenço e gravata vermelha, cobrindo a sobrancelha

Um chapéu invocado,

Todo de braco, um artista, passista malandriado, lá na Lapa e no Salgueiro ele faz seu reinado

A preta mais cobiçada, só tem olhos pra ele, ela está enfeitiçada, uma Loiraça exuberante já entrou na jogada,

O malandrinho, ele arrasta até mulheres casadas

É pois é, não preciso nem dizer pois todos sabem quem é

É pois é, ele vem de umbanda e chega no candomblé,

É pois é, com um cigarrinho de palha chega dando um rolé

É pois é, no Cacique,no cassino,adora um cabaré

É pois é, tem sempre uma danada querendo ser sua mulher

É pois é, quem carrega esse moço é carregado de axé

É pois é, não me desminta, é seu Pilintra no improviso de zé.

Kcau Rodrigues
Enviado por Kcau Rodrigues em 13/03/2018
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