VELHO AMIGO (O SERESTEIRO)

VELHO AMIGO

(Almir Morisson)

Foi ontem que vi teus olhos

Brilhando que nem fogueira

No tempo da cantoria

Na hora que fui cantar

As águas que caem dos olhos

São saudades das cantigas

E que ontem naquela hora

Quando o peito quebra e chora

A lua na noite traz

Lágrimas são sentimentos

Quem sabe segredos

Que a vida não conta

Mas hoje despontam

Nas águas do olhar

E por falar em saudade

Seresteiro velho amigo

Que hoje não vejo mais

Mas sinto nestes acordes

Das cordas que o tempo afina

No pinho que me traz paz

Dele valem as lembranças

Os arroubos de paixão

Que “contigo aprendi”

Velho amigo, vou lembrar

Do teu:

“Eu sei que vou te amar...”