CARA A TAPA

CARA A TAPA

No dia que entender, dessa nave a gente é passageiro.

Daqueles, bem porcalhões, fazem guerra de bandoleiro.

Indiferente a quem doer possa, umbigo vem primeiro.

Instinto de defesa, coisa natural, contrariando coveiro.

Roubar, matar, sequestrar, contra senso, por dinheiro.

Deixar criança passando fome, descaso, mundo inteiro.

Derruba oxigênio, suja a água, polui seu ar, haja lixeiro.

Acomodado, o burro na sombra, desconjunta o asneiro.

Sofre a tortura da carne, as lástimas do nobre guerreiro.

Compare antes que pare, na pista tem muito fofoqueiro.

Fala pelas costas, teme ajudar, demonstrar, interesseiro.

Quem tem caráter e atitude visionária, planta canteiro.

Semeia ideias, água, poda, cuida bem, janeiro a janeiro.

Lança o propósito em questão, luta, preciso for, tinteiro.

Escreva em letras maiúsculas, todo desastre, ventureiro

Cara a tapa, estufar peito, mostrar-se, por ser brasileiro.