ECLIPSE OCCIPITAL

Deixar fogão aceso cozinhando algo no quintal.

Sair dessa rotina que sufoca o emboço catedral.

Das artes prepotentes que se anuncia no jornal.

Cão chupando manga, como fosse coisa normal.

Saio, o meu na coleira, há tanto roubo, etc e tal.

Invoco a chuva caindo, lavando o poder mental.

Somos tribo, tá sendo eximida com nós por aval.

Entrega, coleta de lixo, nenhum capricho zenital.

Ângulo do sol, meio dia, terno é eclipse occipital.

Estante guarda na quadra, o livro da terra natal.

História da gente querida, dentre outro festival.

Sei lá, entendeu, parece talvez o socioambiental.

Que fugiu pela rua deserta pois a certo vil metal.

Girando roleta russa, ganhando na Rússia global.

Ópio para povo sofrido meio a hospício informal.

Trancafiado nas paredes sob o medo do hospital.