SAVANA

Perdi-me em lento sono, em vento que não bate sol

Estando ao relento às nove horas da manhã

Afrodisíaca enrolada em sua canga indiana

Passou por mim

Pele em que prendo olhos tortos, óculos de sol

Disfarçar eu tento: Minha marca, manha das manhãs

Afro da pele fez de Ipanema sua mata, savana

Caçou-me

Perdi meu bando

Ando solto, presa fácil e vã em campo aberto,

Despertou-se a inveja do sol

Encurta o dia e lua sua a sua noite bem mais cedo

E tatuou seu nome em meus lábios

Mordendo o meu corpo por inteiro

Insana,

Insana savana

Axills
Enviado por Axills em 28/06/2018
Código do texto: T6376602
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