ECO

ECO

Uais, que nos cercam pelo abundante meio.

Nos currais, aventais sobrepondo ao jaleco.

São paisagens que vigoram, sentado arreio.

Antes tarde que nunca, nunca é tarde, eco.

Corações manifesto pelo corredor de notícia.

Anuncia aurora, mais bela hora, cor, arrebol.

Melhora sabor, deguste súbito e real malícia.

Sem ofender ninguém, mais se, poder do sol.

Amor próprio ganhando de todo, nosso lado.

Umbigo sem bico, pérola sem corda, lã, seda.

Pesadelo do barco a vela, vento ser tornado.

Das vezes que sonho acorda, cheiro da meda.

Boca amarga de fel, manhã descortina, adeus.

Abelha trazendo mel, nuvem branca, céu azul.

Entre pingos da chuva, derrama, suor de Deus.

Sabe tudo, espera hora, rota, o cruzeiro do sul.